A Reforma Tributária
O Brasil caminha para uma das maiores transformações fiscais de sua história recente. A reforma tributária que começa a valer em 2026, tem um recorte distinto para empresas do Simples Nacional e MEI que começa apenas em 2027, e promete simplificar o sistema. Porém, em um primeiro momento, trará mais complexidade.
Por alguns anos, dois sistemas vão coexistir: o atual e o novo modelo de IVA (Imposto sobre Valor Agregado), exigindo das empresas atenção à forma como recolhem e creditam tributos.
A base da tributação será mais ampla, especialmente para o setor de serviços, que tende a sentir o impacto mais forte. Contratos precisarão ser reprecificados, e negociações revisitadas, já que há risco real de aumento de carga tributária. Entender o custo tributário embutido em cada etapa da cadeia produtiva será essencial para quem deseja evitar surpresas, especialmente os optantes pelo Simples Nacional, que terão de rever margens e precificações.
Outro ponto de alerta é o Split Payment, sistema que muda o fluxo de caixa das empresas: o valor do imposto passa a ser. recolhido automaticamente, reduzindo o capital de giro disponível. Isso exige novas estratégias financeiras e uma gestão de tesouraria mais rigorosa.
Segundo o advogado e consultor tributário Gabriel Tebecherani, estamos diante de um momento de nos prepararmos com inteligência. Atualizar sistemas de gestão (ERP), revisar contratos e compreender o impacto real da nova legislação são passos decisivos para atravessar a transição com segurança.
A reforma não é apenas uma mudança de regras, é uma mudança de cultura tributária. Aqueles que se anteciparem, estarão à frente


