Planejar hoje, tributar melhor já em 2026
O futuro de nossas empresas
A reforma tributária chega para corrigir distorções e simplificar a vida do empresário. O caminho até lá exigirá estratégia e planejamento. Em meio à transição, a convivência entre dois sistemas (o atual e o IVA) tornará o ambiente tributário mais técnico e menos intuitivo. Por isso, a palavra de ordem é preparação.
Empresas de serviços, em especial, precisarão de um olhar atento sobre seus contratos. Com uma base ampla de tributação e de créditos, a margem de lucro pode ser diretamente afetada. O risco de aumento da carga tributária não é teórico. A questão está no detalhe das operações e na falta de atualização dos sistemas de controle fiscal.
Outro ponto-chave é a revisão da cadeia produtiva. As micro e pequenas empresas do Simples Nacional deverão avaliar se o modelo atual continuará vantajoso diante do novo cenário. O fluxo de caixa também deve ser repensado. Isso pois o mecanismo de Split Payment muda a lógica do recebimento e do pagamento de tributos, impactando o capital de giro e exigindo ajustes de gestão.
De acordo com o especialista Gabriel Tebecherani, o empresário que deseja atravessar essa transição de forma saudável deve agir agora. A atualização dos sistemas de gestão (ERP), a reavaliação de contratos e o estudo detalhado dos créditos tributários são ações práticas que garantem vantagem competitiva e reduzem riscos fiscais. A reforma pode ser vista como um desafio ou uma oportunidade de eficiência. Tudo depende do quão preparado e em qual momento a empresa estará quando o novo sistema finalmente entrar em vigor.

